Nelson Bordello

Fotografia: Mariana Andrade

Aberto desde o dia 8 de junho de 2010, o “bar, restaurante e cabaré cultural” Nelson Bordello é a última novidade do quesito ‘ambientes-que-acolhem-manifestações-artísticas’ da região. Localizado na rua Aarão Reis, número 554, o bar foi montado no espaço térreo de um prédio onde, de dia, funcionam lojas diversificadas e consultórios de dentistas.

O produtor cultural Bernardo Guimarães, um dos proprietários da casa, explica que a escolha do lugar se deu pelo potencial oferecido pelo centro de Belo Horizonte, onde o acesso é melhor, seja pela quantidade de ônibus que passam ou pela proximidade do metrô. Assim, fica mais fácil reunir tribos diferentes. Segundo Bernardo, o público que o Nelson Bordello deseja é justamente aquele que, de uma forma ou outra, está ligado às artes e à cultura.

A presença de pessoas ligadas à outras manifestações urbanas realizadas no centro, como o Quarteirão do Soul e Duelo de MC’s, no Nelson é bastante frequente. De acordo com Bernardo, o Bordello preocupa-se em interagir também com os moradores de rua.

O local, que tem decoração inspirada no Cabaret Voltaire, tem a pretenção de se tornar um espaço aberto às experimentações artísticas. De acordo com Bernardo, o Nelson é um bar, mas que pretende ser muito mais do que isso. A intenção dos proprietários é de, cada vez mais, realizar parcerias com pessoas que desejam utilizar o espaço para as artes. Até agora, a programação da casa conseguiu ser bastante variada do ponto de vista cultural. As terças-feiras são dedicadas à literatura; as quartas para intervenções cênicas; as quintas para o jazz; as sextas para o funk, hip hop e soul; aos sábados acontecem shows de bandas e aos domingos a temática é samba de gafieira.
Fotografia: Mariana Andrade
O próximo plano para o Nelson Bordello é conseguir ampliar o menu gastronômico do local, além de elaborar um folhetim literário em parceria com artistas plásticos e de realizar um bazar artístico na calçada do estabelecimento. Para Bernardo Guimarães, o proposta de ser aberto à novidades é o que dá folego ao espaço: “bares com formatos restritos fecham rápido”, afirma.

Por enquanto, a média de público da casa, por dia, é de 50 pessoas. Porém, há noites em que esse número triplica. Segundo Bernardo, muitas vezes as pessoas preferem ficar na porta do Nelson, ouvindo a música que vem de dentro e tomando uma cerveja em pé. Para o proprietário, isso se explica pela relação afetiva que as pessoas tem com os seus símbolos, no caso, com o viaduto Santa Tereza, ícone de Belo Horizonte.

Para conferir a programação da casa, entre no site nelsonbordello.com.br. Sugestões de projetos culturais para o local podem ser encaminhadas para o  e-mail: nelsonbordello@gmail.com